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Fenprof critica relatório “unilateral” da precariedade no Estado
Em declarações aos jornalistas, Mário Nogueira acusa o governo de ter deixado de fora 15 mil professores destacados para as Atividades de Enriquecimento Curricular no recém-divulgado relatório sobre a precariedade no Estado.
Os trabalhadores do ensino e investigação representam dois terços do total de precários identificados no relatório, mas muitos outros ficaram de fora deste levantamento, sublinhou o líder da Fenprof.
Esse levantamento “foi feito de uma forma absolutamente unilateral por uma comissão apenas de gente ligada ao governo e por isso é que não identifica todas as situações, como o caso dos professores que trabalham nas Atividades de Enriquecimento Curricular”, declarou Mário Nogueira, citado pela agência Lusa.
Para resolver a precariedade no setor do ensino e investigação, a Fenprof propõe a constituição de comissões nos vários ministérios da Educação, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, dos Negócios Estrangeiros e do Trabalho.
O processo de vinculação extraordinária de professores também continua a merecer críticas por parte dos sindicatos, por causa dos critérios exigidos e também por não prever novos momentos de vinculação no futuro. “Quando se exigem 12 anos de serviço - num país em que as normas previstas nas leis laborais gerais falam em três anos - não se pode exigir mais requisito nenhum”, afirmou Mário Nogueira. Dos oito mil professores com 12 anos de serviço, apenas três mil cumprem todas as condições exigidas para a vinculação.
“O poder político só ouve o barulho que se faz na rua, não ouve o que se diz lá dentro”, afirmou o sindicalista, lançando o aviso aos professores de que “isto só lá vai com luta”.
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