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Fenprof critica relatório “unilateral” da precariedade no Estado

A Fenprof defende a criação de comissões em vários ministérios para resolver os problemas de precariedade no ensino e investigação, que abrange dois terços do total dos precários identificados no relatório do governo.
Professores em luta
Protesto em fevereiro de 2015 de professores em risco de perderem emprego, empunhando cartazes com anos de serviço junto ao Instituto Superior de Engenharia de Coimbra – Foto de Paulo Novais/Lusa

Em declarações aos jornalistas, Mário Nogueira acusa o governo de ter deixado de fora 15 mil professores destacados para as Atividades de Enriquecimento Curricular no recém-divulgado relatório sobre a precariedade no Estado.

Os trabalhadores do ensino e investigação representam dois terços do total de precários identificados no relatório, mas muitos outros ficaram de fora deste levantamento, sublinhou o líder da Fenprof.

Esse levantamento “foi feito de uma forma absolutamente unilateral por uma comissão apenas de gente ligada ao governo e por isso é que não identifica todas as situações, como o caso dos professores que trabalham nas Atividades de Enriquecimento Curricular”, declarou Mário Nogueira, citado pela agência Lusa.

Para resolver a precariedade no setor do ensino e investigação, a Fenprof propõe a constituição de comissões nos vários ministérios da Educação, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, dos Negócios Estrangeiros e do Trabalho.

O processo de vinculação extraordinária de professores também continua a merecer críticas por parte dos sindicatos, por causa dos critérios exigidos e também por não prever novos momentos de vinculação no futuro. “Quando se exigem 12 anos de serviço - num país em que as normas previstas nas leis laborais gerais falam em três anos - não se pode exigir mais requisito nenhum”, afirmou Mário Nogueira. Dos oito mil professores com 12 anos de serviço, apenas três mil cumprem todas as condições exigidas para a vinculação.

“O poder político só ouve o barulho que se faz na rua, não ouve o que se diz lá dentro”, afirmou o sindicalista, lançando o aviso aos professores de que “isto só lá vai com luta”.

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