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Escândalo de corrupção leva a demissão da porta-voz do PP em Madrid

A saída de Esperança Aguirre surge na sequência da detenção, por suspeitas de fraude, corrupção e branqueamento de capitais, daquela que já foi “uma pessoa da sua máxima confiança”, Ignacio González.
Foto do flickr de Esperanza Aguirre Gil de Biedma.

A porta-voz e conselheira do Partido Popular na Câmara Municipal de Madrid, Esperanza Aguirre, apresentou a demissão às 17 horas desta segunda-feira, cinco dias após o ex-presidente da Região de Madrid e militante do Partido Popular, Ignacio González, ter sido detido e colocado em prisão preventiva. Em causa está um esquema de corrupção na gestão do Canal de Isabel II (empresa pública que faz a gestão da água na região), com o desvio de 23,2 milhões de dinheiro público para paraísos fiscais.

Em 2009, a então presidenta da Comunidade de Madrid assumiu que conhecia as adjudicações irregulares do Canal e teve acesso ao dossier divulgado pelo Público espanhol, no qual o próprio PP de Madrid detalhava as operações de Ignacio González, e considerou que "era tudo falso e calunioso".

"Ignacio González foi uma pessoa da minha máxima confiança. Em alguns momentos da minha presidência, alguns meios sinalizaram que González estava imerso em alguns assuntos que poderiam ser qualificados de incorrectos", afirmou.

"Pedi-lhe explicações e ele deu-mas em privado e de maneira exaustiva. Agora sinto-me enganada e traída. Não o vigiei mais. O auto da sua detenção e prisão não são uma prova definitiva, mas é uma prova de que não vigiei o que devia", assumiu.

“A máquina corrupta que trabalha desde as instituições contra os interesses nacionais”

Na sua página de facebook, Pablo Iglesias sublinhou que “o problema não é a demissão de Esperança Aguirre, mas a máquina corrupta que trabalha desde as instituições contra os interesses nacionais”.

Já o coordenador geral da Izquierda Unida, Alberto Garzón, questionou-se sobre como será o que ainda não se conhece sobre a corrupção que afeta o PP ao ponto de até "uma imperturbável" como Esperança Aguirre optar por se voltar a demitir.

“O problema da corrupção no PP não são as pessoas individuais, mas sim a rede mafiosa que se estrutura em todo o partido", defendeu noutra mensagem citada pela Europa Press.

 

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