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“É preciso garantir que os meios são mobilizados para onde é necessário”
Em declarações aos jornalistas, no Regimento de Guarnição 3, no Funchal, a coordenadora do Bloco congratulou-se com o facto de as pessoas estarem a começar a sair do centro de alojamento tendo sublinhado que chegaram a estar no local 600 pessoas.
“As pessoas que foram transportadas dos hospitais estão a voltar, começa a regressar-se à normalidade mas continuamos a ter dezenas de pessoas que não têm casa e há uma urgência muito grande num programa que permita recuperar estas habitações”, frisou.
A dirigente bloquista que foi recebida pelo comandante da Zona Militar da Madeira (ZMM) falou ainda da importância de todos aqueles que participaram no combate às chamas contribuindo, desta forma, para a normalização da vida de todos quantos residem no Funchal.
Ordenamento do território é uma prioridade
“Os militares tiveram um papel extraordinário no apoio à população e aqui conseguimos estar a conversar, não só com os militares mas também com gente da Cruz Vermelha e voluntários, população civil que se juntou para ajudar nesta solidariedade que tem sido extraordinária”, afirmou.
Catarina Martins fez questão de lembrar que há ainda crianças desalojadas que vão precisar de casa e não se esqueceu de referir a proximidade do início do ano escolar como um motivo acrescido para sarar as feridas da tragédia dos fogos.
A dirigente bloquista que durante esta visita foi acompanhada pelo Presidente da Câmara do Funchal, Paulo Cafôfo disse ainda que “agora é preciso garantir que os meios são mobilizados para onde é necessário”.
A terminar, Catarina Martins elencou as prioridades imediatas que na sua opinião passam pela "limpeza e pelo ordenamento do território".
“Um abraço é muito importante, mas ainda mais são as ajudas concretas e a prevenção”, avançou.
Comentários
GOVERNO REGIONAL DA MADEIRA BRINCA COM SEGURANÇA DA POPULAÇÃO !
GOVERNO REGIONAL DA MADEIRA BRINCA COM SEGURANÇA DA POPULAÇÃO !
João Saraiva, coordenador do Movimento Cívico - Conselho Português de Proteção Civil e Socorro, considerou hoje que o Governo Regional da Madeira "brinca com a segurança da sua população". Para este dirigente, "não é minimamente aceitável que uma zona territorial com 741Km2 como é o caso da Ilha da Madeira, tenha uma capacidade máxima de 80 Bombeiros perante um cenário de incêndios como aquele que ali se viveu nos últimos dias.
A ilha da Madeira tem já de si outros riscos expectáveis para os quais 80 Bombeiros é o mesmo que dizer que todos podem morrer por incapacidade de assistência, salvamento e socorro. Valeu de facto a ajuda da Cruz Vermelha, da Polícia de Segurança Pública, da Guarda Nacional Republicana, Forças Armadas e da população em geral, mas ficou patente para todos que a Ilha da Madeira não têm efetivo operacional de proteção e socorro correspondente à sua dimensão geográfica e densidade populacional. Depois há a questão da proteção individual dos Bombeiros que estiveram a combater incêndios florestais sem equipamentos de proteção individual certificado, porque não os têm, isto para além de ilegal é imoral, tanto mais quando dispõe de uma rede de comunicações digital, mas não possuem o básico na proteção individual dos seus operacionais Bombeiros. Trata-se de um caso para a justiça apreciar, mas creio estar-mos perante um caso de negligência grosseira do Governo Regional da Madeira.
Com um efetivo máximo de 80 operacionais Bombeiros, considerar que tudo estava controlado e que não necessitavam da ajuda disponibilizada pelo Governo Central, face aos incêndios que estavam a lavrar e condições meteorológicas expectáveis difundidas pelo IPMA, é no mínimo pouco inteligente e, no máximo de eventual co-responsabilidade pelas mortes e prejuízos decorridos de uma capacidade de resposta mais ampliada. O Governo da Região Autónoma da Madeira pode rejeitar as críticas, mas não pode rejeitar a eventual irresponsabilidade técnica, política e eventualmente criminal, ainda que por negligência, por isso mesmo exporemos na próxima semana o nosso ponto de vista ao Ministério Público, bem como aos Grupos Parlamentares da Assembleia da República. Mas a tragédia não termina aqui, a flora que agora ardeu era o suporta das terras que nas próximas chuvas fortes podem voltar a provocar aluimentos e mais um cenário catastrófico" (disse).
http://joaosaraiva112.blogspot.pt/2016/08/madeira-brinca-com-seguranca-d...
Mais uma licao de como dizer
Mais uma licao de como dizer muita coisa sem dizer rigorosamente nada. Muito obrigado!
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