Está aqui

Durão Barroso insulta centro-americanos e jovens desempregados de Espanha

Segundo o “El Condifencial”, ex-presidente da Comissão Europeia pôs em causa os números do desemprego jovem em Espanha, dizendo que não acreditar nas estatísticas e pondo a culpa nos centro-americanos “que ficam lá para receber o subsídio”.
Barroso conseguiu insultar numa só frase, os centro-americanos e os jovens espanhóis desempregados.
Barroso conseguiu insultar numa só frase, os centro-americanos e os jovens espanhóis desempregados.

Numa conferência organizada pela consultora EY (antes Ernst&Young) sobre o potencial económico na área mediterrânica, José Manuel Durão Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia, afirmou não acreditar nas estatísticas de desemprego jovem em Espanha. Na opinião do ex-primeiro-ministro português, quem faz aumentar as estatísticas são “centro-americanos que ficam lá para receber subsídio”.

Na opinião do ex-primeiro-ministro português, quem faz aumentar as estatísticas são “centro-americanos que ficam lá para receber subsídio”.

Barroso disse ainda, de acordo com o El Confidencial, que recentemente visitou a Extremadura, a “região mais pobre de Espanha com altíssimos índices de desemprego” e as suas conclusões foram que “na realidade, em muitos casos trata-se de jovens entre os 18 e os 23 anos, ainda em idade formativa, e portanto não representativos”, jovens que se inscrevem nos centros de emprego “por diversos motivos” (não disse quais).

A taxa de desemprego jovem em Espanha é uma das mais altas de toda a Europa, está acima dos 50% e na Extremadura é ainda pior, superando os 60%.

Pensão vitalícia e subsídio de desemprego

Recorde-se que Barroso, que deixou o cargo em 1 de novembro do ano passado, passou a receber uma pensão vitalícia de 132 mil euros por ano, o equivalente a 11 mil euros por mês, segundo o Daily Mail, além de um subsídio de reintegração de cerca de 200 mil euros por ano, durante três anos. Não foi divulgado quanto Durão Barroso recebeu para participar nesta conferência da EY.

Na opinião do escritor Luís Sepúlveda, Durão Barroso é “indigno de ser português”

Na opinião do escritor Luís Sepúlveda, Durão Barroso é “indigno de ser português”, recordando que em 15 de março de 2003 “passou à história como o tipo baixinho e submisso que serviu café a Bush, Blair e Aznar na cimeira dos Açores [que decidiu a invasão do Iraque]”.

No mesmo fórum onde falou Barroso, participaram personalidades políticas da área mediterrânica, como o ministro do Emprego da Tunísia, Zied Laadhari, que considerou o desemprego jovem como “o maior problema que enfrenta neste momento a região” e cuja solução “deveria ser “uma prioridade de todos os Estados” e em especial da União Europeia.  

Artigos relacionados: 

Termos relacionados Sociedade
Comentários (3)