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"A degradação dos serviços de saúde no Algarve demonstram a necessidade de recuperar o investimento"

No primeiro dia das jornadas parlamentares do Bloco, Pedro Filipe Soares anunciou uma interpelação aos ministros da Saúde e da Educação marcada para 21 de junho. 
Centro de Medicina e Reabilitação do Sul, por Luís Forra, Lusa.
Centro de Medicina e Reabilitação do Sul, por Luís Forra, Lusa.

Em visita ao Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul, Pedro Filipe Soares anunciou que “queremos no dia 21 de junho interpelar o ministro da Saúde [Adalberto Campos Fernandes] e da Educação [Tiago Brandão Rodrigues] sobre escolhas fundamentais que um Governo apoiado pelo BE deve ter na defesa dos serviços públicos, da escola, do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”. 

A visita marcou o primeiro de dois dias de jornadas parlamentares do Bloco, a decorrer no Algarve, e que serve para identificar necessidades de investimento em diversos serviços públicos. O Centro de Medicina, em São Brás de Alporter, é uma das várias unidades que não recuperou dos cortes no SNS do anterior governo. 

Para Pedro Filipe Soares, o centro de reabilitação é um “espelho do que aconteceu no SNS nos últimos anos”, com “menos profissionais e um SNS que ainda nas recuperou dos cortes da troika”. 

O problema, no entanto, ultrapassa o desinvestimento crónico. “No Algarve, quando vemos a degradação do serviço nacional de saúde vimos também o aumento das clínicas privadas, dos hospitais privados que tornaram esta região uma das zonas do país onde a taxa de privados na saúde é das mais elevadas. E isso acontece também por falta de investimento público.”

E acrescenta, “já no tempo deste governo o envio de doentes para o privado tem aumentado quer para tratamentos quer para exames. Ora é exactamente isso que temos que combater. É por isso que queremos interpelar o Ministro da Saúde, no próximo dia 21 de Junho.”

"Há uma necessidade de investimento no momento atual", defendeu, garantindo que a interpelação ao executivo a 21 de junho é um momento oportuno, pois é importante "antes do final da sessão legislativa" definir as prioridades do Orçamento para o próximo ano.

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