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Comissão Popular exige ação urgente na Mata Nacional de Leiria

“Depois do fogo, nada aconteceu, o trabalho de proteção dos solos e recursos hídricos está todo por fazer”, diz a Comissão Popular O Pinhal é Nosso, criada após o incêndio de 15 de outubro na Mata Nacional de Leiria.
Foto publicada na página Facebook da Comissão Popular O Pinhal é Nosso.

A Comissão Popular O Pinhal é Nosso acusa os poderes públicos de não cumprirem o compromisso assumido na reunião do passado dia 16 de novembro, onde participou juntamente com o Secretário de Estado das Florestas, Miguel Freitas, a presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande e o Presidente do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Ali ficou decidido que “durante os 15 dias seguintes iniciariam os trabalhos de campo com intervenção para proteção dos solos e das águas”.

Mas novembro terminou sem qualquer visita de campo. “Não cumpriram com a palavra dada”, diz esta Comissão que mobilizou voluntários para o terreno e preparou um Dossier Técnico com as prioridades para a reconstrução da Mata Nacional de Leiria. “Da nossa parte, não baixaremos os braços e continuaremos a lutar pela reconstrução do Pinhal do Rei”, afirma a Comissão no comunicado enviado à imprensa.

Leia aqui o dossier produzido pela Comissão Popular O Pinhal é Nosso

Para além de propostas concretas para a emergência atual, o dossier técnico produzido pela Comissão Popular pretende debater o futuro da Mata Nacional de Leiria, a maior área florestal pública do país que ardeu quase na totalidade em outubro.

“Após o incêndio de 15 de outubro que consumiu 86% da MNL, considera-se que deverá ser mantida a responsabilidade pública sobre este território”, afirma a Comissão, que considera também “imprescindível para uma manutenção e gestão sustentável da floresta” a articulação entre os diversos organismos de tutela, parcerias com as entidades do Ensino Superior e a participação pública nas ações de requalificação.

Bloco propôs medidas de urgência ainda em outubro

A necessidade de resposta imediata no terreno para implementar medidas que reduzam o risco de erosão e arrastamento das cinzas com contaminação de recursos hídricos levou o Bloco de Esquerda a propor na Assembleia da República a instalação imediata de um Laboratório in-loco para medidas de recuperação pós-fogo, disseminação de técnicas e conhecimentos com a possibilidade de visita de populações, técnicos municipais, sapadores e outros atores com intervenção na floresta.

Na passada quarta-feira, o deputado bloquista eleito por Leiria, Heitor de Sousa, interveio no plenário parlamentar para defender essas medidas e o envolvimento de autarquias e das populações "como agentes da mudança e participação cívica que é importante promover" para uma floresta sustentada.

 

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