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Centrais sindicais esperam grande adesão à greve geral

CGTP e UGT entregaram esta sexta-feira os pré-avisos para a greve geral de 27 de junho. Arménio Carlos prevê uma "grande adesão" à iniciativa e Carlos Silva anunciou uma concentração nessa tarde em frente ao Ministério das Finanças.
Foto Paulete Matos

Os sindicalistas entregaram no Ministério da Economia os pré-avisos de greve. Primeiro foi a CGTP, com Arménio Carlos a explicar as três razões que o fazem antecipar uma grande participação dos trabalhadores ao protesto: em primeiro lugar, muitos dos trabalhadores que votaram no PSD e CDS já perceberam que esta política beneficia os grandes grupos económicos e financeiros e penaliza os trabalhadores. Segundo, porque as pessoas já perceberam que esta greve vai procurar avançar com propostas para os problemas do país e, em terceiro, porque esta greve é também pela defesa da dignidade", disse o secretário-geral da CGTP aos jornalistas.

"Esta é uma greve geral que tem a ver com todos os trabalhadores do setor privado, do setor público e também do setor empresarial do Estado, mas é uma greve geral que também procura defender os direitos das novas gerações, portanto, ninguém pode ficar indiferente", sublinhou Arménio Carlos. "Ou aceitamos aquilo que nos querem impor ou manifestamos a nossa indignação através da luta para dizer que este não é o caminho e é isso que vamos fazer e isso passa pela saída deste Governo", concluiu o líder da CGTP

Poucas horas mais tarde foi a vez da UGT entregar também o seu pré-aviso de greve. Nos objetivos da central liderada por Carlos Silva "não está em causa o Governo, o que está em causa são as políticas do Governo e esperamos que com este sinal ele perceba que está em risco de perder um parceiro social que, nos últimos anos, tem servido para ser uma bandeira na credibilidade e na estabilidade do país", avisou o sindicalista.

Em declarações aos jornalistas, Carlos Silva ameaçou "rasgar o acordo de Concertação Social" que a sua central sindical assinou em janeiro do ano passado. "É uma matéria que está em cima da mesa. Não queremos deixar cair o acordo porque fez parte da estratégia da UGT no sentido de ajudar o Governo e os restantes parceiros sociais a conseguirem o empréstimo da 'troika', de 78 mil milhões de euros (...), mas está nas mãos do Governo a decisão de nos empurrarem para uma decisão mais trágica",acrescentou Carlos Silva.

A UGT anunciou também que pretende realizar uma concentração em frente ao Ministério das Finanças no dia da greve geral, pelas 15h30, para a qual apela à mobilização de "todos os trabalhadores sindicalizados e não sindicalizados, reformados e pensionistas, desempregados e jovens à procura de emprego, acreditando que todos os portugueses se vão juntar a nós nesta greve".

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Termos relacionados Greve Geral 27 junho 2013, Sociedade
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