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Catarina Martins: Bloco não deixará de fazer o seu trabalho no parlamento

Coordenadora bloquista garante que o partido sempre foi claro sobre a sua oposição à criação de uma taxa de Proteção Civil e sobre a necessidade da contabilização integral do tempo de serviço dos professores.
Catarina Martins e o deputado Moisés Ferreira visitaram a sede do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), no âmbito da apresentação de propostas na área da Saúde para o Orçamento do Estado para 2019 (OE2019), em Lisboa, 13 de novembro de 2018. NUNO FOX/LUSA

“A taxa de Proteção Civil, como sabem, nós opusemo-nos nas várias autarquias, levamos até ao Tribunal Constitucional que chumbou a taxa de Proteção civil e, portanto, o Governo já sabia que nós não a íamos aceitar neste orçamento”, afirmou Catarina Martins, à margem de uma visita ao INEM.

“Achamos que a proteção civil deve ter mais meios, sim, mas achamos que esta não é a forma”, lembrou, garantindo que “não há aqui nenhuma novidade sobre a posição” do Bloco de Esquerda, que propôs a revogação da medida.

Segundo a coordenadora bloquista a notícia do Público desta terça-feira, que dá conta de poder existir uma maioria que chumbe a taxa de Proteção Civil, dá-se “não por mudança de posição do Bloco, eventualmente por mudança de posição de outros partidos”.

Sobre a contagem do tempo de serviço dos professores, medida que foi aprovado no Orçamento do Estado do 2018, também não houve qualquer mudança de opinião do partido.

“É natural que o Bloco, se for promulgado um decreto-lei que não contabiliza o tempo de serviço, que não respeita o que nós aprovamos no anterior orçamento, que nós façamos a apreciação parlamentar. O governo sabe desta nossa posição, sabe todo o país”, sublinhou.

“Naturalmente seria sempre melhor que o Governo cumprisse o compromisso do que fazer uma votação para derrotar decretos-lei do Governo sem a participação do PS, quando ainda por cima estamos a falar de algo que já foi votado pelo parlamento”, referiu.

“O ideal para nós seria que o Governo, que o PS, percebessem que têm de cumprir o que já estava decidido e compreendam que nós nos mantemos fiéis aos compromissos de sempre”, admitiu.

Ainda assim, se o PS não o fizer, o Bloco não deixará de fazer o seu trabalho no parlamento, prometeu Catarina Martins.

No decurso da visita à sede do Instituto Nacional de Emergência Médica, que contou com a presença do deputado Moisés Ferreira, a coordenadora bloquista avançou quatro propostas para o Orçamento do Estado que pretendem aumentar a autonomia e dotação financeiras e os recursos humanos deste instituto público.   

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