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Bruxelas adia votação para prorrogar uso do glifosato

A oposição de vários países fez adiar a decisão da Comissão Europeia sobre a renovação por 15 anos da autorização do uso da substância do herbicida RoundUp.

A comissão de peritos dos 28 países da União Europeia reuniu à porta fechada no início da semana, mas não conseguiu alcançar uma maioria para aprovar a autorização de uso do herbicida da Monsanto na Europa até 2031. O tema volta ao debate na próxima reunião do grupo de peritos nos dias 18 e 19 de maio, segundo a Deutsche Welle.

A agência Reuters indica que a França, Itália e Suécia se encontram no grupo dos opositores do herbicida que é apontado como "provavelmente carcinógeno para humanos" por uma agência da Organização Mundial de Saúde, um risco que a Autoridade Europeia de Segurança dos Alimentos diz ser "improvável". Por seu lado, a Alemanha já se pronunciou no sentido da abstenção. A licença atual para o uso do contestado herbicida expira no final de junho.

Para a renovação da autorização ser aprovada, é necessária uma maioria qualificada de 55% dos Estados membros, representando 65% da população. "Apesar de o Reino Unido e a Comissão Europeia se terem associado para defenderem os interesses da Monsanto, os governos na Europa recusaram a transformação das suas populações em ratos de laboratório aprovando uma nova licença para o glifosato", congratulou-se Alice Jay, da ONG Avaaz, que recolheu 1,4 milhões de assinaturas contra a renovação da autorização.

Bloco fez recenseamento do uso municipal de glifosato, com resultado preocupante

A defesa de “espaços públicos sem glifosato e livres de pesticidas”, para “proteger a saúde pública e o ecossistema” levou o Bloco a questionar todas as Câmaras Municipais do país sobre o uso do herbicida em espaço público.

Das 91 Câmaras Municipais que responderam ao inquérito bloquista, apenas 16 dizem não usar este herbicida potencialmente perigoso para a saúde humana. O projeto de resolução apresentado pelo Bloco no parlamento para proibir o uso do glifosato foi votado no ano passado e chumbado pelo PSD e CDS, com a abstenção do PS e do PCP.

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