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Braga: Paula Nogueira exige demissão do administrador da empresa municipal de águas

A candidata do Bloco de Esquerda à Câmara de Braga denunciou o “clima de terror” contra os trabalhadores da Agere, exigiu a demissão do administrador Rui Morais e acusou o presidente da Câmara, Rui Rio, da coligação PSD/CDS-PP/PPM de ser “incompetente.
“Não é aceitável que em pleno século XXI tenhamos um capataz à frente da Agere" acusa Paula Nogueira, em declarações feitas após a reunião com a CT
“Não é aceitável que em pleno século XXI tenhamos um capataz à frente da Agere" acusa Paula Nogueira, em declarações feitas após a reunião com a CT

Clima de terror na Agere

"A Agere, a perceção é há muito tempo do clima de terror, intimidação e retaliação que boa parte dos trabalhadores desta empresa vêm sendo vítimas desde a entrada em funções da nova administração", acusou Paula Nogueira em declarações à comunicação social, depois de reunir com a Comissão de Trabalhadores da empresa.

Segundo a Lusa, Paula Nogueira declarou ainda:

"Saímos daqui absolutamente aterrados com o leque de histórias que nos foram contados por estes corajosos elementos da Comissão de Trabalhadores da Agere, desde tentarem ser impedidos de gozar a licença para serem candidatos a eleições, desde impedirem as pessoas de frequentarem pós-graduações, a obrigarem mães a irem ao médico mostrar os seus seios para confirmarem que estavam a amamentar para gozarem da redução de horário, de tudo se passou nestes últimos quatro anos nesta empresa".

A candidata bloquista considerou que as situações descritas "configuram a existência de uma administração que é absolutamente incompetente e que é incapaz de entender uma coisa básica, que o capital humano de cada instituição, ou empresa, ou organização é a sua mais-valia, é o seu maior património".

Mais processos disciplinares em 4 anos do que em 37

Paula Nogueira sublinhou que “esta casa (Agere) teve mais processos disciplinares nos últimos quatro anos do que em 37 anos”. “Isto faz parte de uma estratégia de intimidação e retaliação sobre os trabalhadores”, afirmou a candidata, segundo o site rum.pt

“Não é aceitável que em pleno século XXI tenhamos um capataz à frente da Agere. O Dr. Rui Morais tem que ser demitido porque é inaceitável o que se passa na empresa com o clima de frustração, intimidação e abatimento psicológico que varre a maioria dos trabalhadores da Agere”, declarou ainda Paula Nogueira.

Segundo o site, a porta-voz da Comissão de Trabalhadores da Agere, Raquel Mourão, confirmou as denúncias que a candidata bloquista tornou públicas e reafirmou que “existe um clima de insatisfação” na empresa. “Houve tentativas de atropelar os direitos dos trabalhadores e iremos afirmar, junto do próximo presidente de Câmara e junto do administrador executivo que seja nomeado, que não vamos deixar continuar a política de recursos humanos que tem sido seguida e vamos exigir o cumprimento da Legislação Laboral e o respeito pelos direitos dos trabalhadores”, concluiu a porta-voz da CT.

Incompetência de Rui Morais e do presidente da Câmara de Braga

Considerando que "é impensável gerir uma empresa contra os trabalhadores", a candidata bloquista afirmou: "Quem faz isto é uma pessoa que não entende nada da importância que têm os recursos humanos numa organização".

"O dr. Rui Morais [administrador da Agere] devia ser imediatamente demitido por indecência e má figura e porque demonstrou que jamais está preparado para assumir a administração de uma empresa tão complexa e que presta um serviço tão importante como a Agere", afirmou Paula Nogueira.

"As pessoas de Braga têm que estar solidárias com as pessoas da Agere e o pessoal da varredura que são vítimas de absolutas calúnias e tratados como incompetentes quando incompetente é a sua administração, incompetente é o atual presidente da câmara [Rui Rio da Coligação Juntos por Braga - PSD/CDS-PP/PPM] que diz barbaridades acerca destas pessoas e permite manter nomeado uma pessoa que se comporta como um capataz e não como um líder de uma equipa", concluiu a candidata bloquista.

 

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