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Bloco reafirma solidariedade e defende direito à autodeterminação do povo catalão

O Bloco de Esquerda condena a decisão de Mariano Rajoy, anunciada este sábado de manhã, de suspender a autonomia da Catalunha e destituir todo o governo da Generalitat. "A repressão não é um caminho aceitável em estados democráticos", defende Catarina Martins.
No dia 2 de outubro, o Bloco participou na manifestação em solidariedade com a Catalunha, Lisboa.
No dia 2 de outubro, o Bloco participou na manifestação em solidariedade com a Catalunha, Lisboa.

No discurso da sessão de abertura da cimeira por um "Plano B" para a Europa, que decorre até domingo, em Lisboa, Catarina Martins começou por assinalar que o encontro europeu começa no dia em que "o Reino de Espanha decide dizer à Catalunha que não tem direito à sua autonomia" e "decide ativar o artigo da Constituição que substitui às autoridades regionais, num ataque terrível ao mais básico direito à autodeterminação de um povo".

"Há uma coisa em que eu julgo que estamos unidos e em que a nossa solidariedade e determinação é essencial que é o direito à autodeterminação da Catalunha", afirmou, recebendo a aprovação da audiência que irrompeu numa grande ovação.

Para Catarina Martins, "interessa pouco" aquilo que cada um "acha sobre a independência da Catalunha", porém "interessa tudo dizermos que o povo catalão tem direito a ter uma palavra e que a repressão não é um caminho aceitável em estados democráticos", defendeu.

Sublinhando que podem haver "opiniões diferentes sobre a independência da Catalunha" e também existir "visões diferentes sobre como o Governo regional da Catalunha está a dirigir o processo", a Coordenadora do Bloco destacou que cabe a todos dizer que "a repressão não pode ser o caminho no Estado espanhol".

"Bem e à esquerda há divergências claras com o Governo maioritariamente de direita da Catalunha, não é novidade para ninguém", realçou, reiterando que agora é tempo de condenar o autoritarismo do Governo de Madrid: "Somos assim: solidários, democratas, internacionalistas", concluiu.

 

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