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Bloco questiona Governo sobre agressão policial no Bairro 6 de Maio

Deputadas bloquistas Sandra Cunha e Mariana Mortágua pedem esclarecimentos sobre esta situação e questionam o executivo sobre as medidas que pensa adotar para dar resposta à situação gravíssima em que se encontram as famílias despejadas do Bairro 6 de Maio.

“A Câmara Municipal da Amadora ordenou a demolição de um conjunto de habitações no Bairro 6 de Maio, decisão que vem aumentar o número de despejos sem alternativa que o mencionado município tem promovido nos últimos meses e que muito tem agravado a situação das múltiplas famílias daquele bairro”, assinalam as deputadas.

Sandra Cunha e Mariana Mortágua lembram ainda que, segundo informação transmitida ao Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, “nenhuma das famílias cuja habitação foi demolida foi previamente alertada para esse facto, tendo sido surpreendidas durante o período de almoço pela Polícia Municipal que lhes ordenou que abandonassem a sua casa para que a demolição e, por consequência, o despejo se concretizassem”.

Um morador, que viu a sua habitação demolida, "foi agredido por agentes da Polícia de Segurança Pública”, enquanto dialogava com elementos da Polícia Municipal.

“Tal situação, a confirmar-se, além de inadmissível por consubstanciar uma clara manifestação de recurso desnecessário e desproporcional da força policial, reveste ainda uma enorme gravidade pela insensibilidade social ínsita desta alegada agressão, que vem somar-se, sublinhe-se, a um despejo sem alternativa”, frisam as deputadas.

No conjunto de questões endereçadas ao Ministério da Administração Interna, Sandra Cunha e Mariana Mortágua questionam o ministério se confirma "a agressão a um dos moradores do Bairro 6 de Maio", na sequência da demolição da sua habitação, e que medidas serão adotadas para "assegurar que mais agressões deste tipo não têm lugar".

No documento, as dirigentes bloquistas questionam ainda se o executivo considera graves "as consequências das demolições ordenadas pela Câmara Municipal da Amadora, designadamente a ausência de alternativas que estes despejos consubstanciam" e que ações podem ser concretizadas "para dar resposta à situação gravíssima em que se encontram as famílias despejadas".

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