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Bloco promove encontro para discutir políticas públicas para o interior
No próximo sábado, a Escola Secundária de Molelos, em Tondela, no distrito de Viseu, irá acolher o Encontro do Interior, no qual o Bloco pretende promover um debate sobre políticas públicas para o desenvolvimento das regiões do interior.
As populações e os territórios do interior que sofreram este ano o impacte brutal dos incêndios rurais “ficaram mais pobres e com acrescidas dificuldades para enfrentar o despovoamento e a perda de empregos”. Por isso, o Bloco considera que “o abandono a que estas populações têm estado sujeitas, com a perda de serviços e de investimento público, tem de ser revertido com urgência”.
Além disso, o Bloco defende que “o Estado deve assumir a obrigatoriedade de assegurar os serviços públicos com a mesma qualidade e proximidade a nível nacional, a execução de políticas que mudem a floresta, através do ordenamento do território e do apoio à gestão agregada, e protejam os ecossistemas naturais”.
O encontro tem início às 11h com a participação da Coordenadora Nacional do Bloco, Catarina Martins. O painel da manhã terá como tema a pergunta “Regiões do Interior: que riscos e desafios?”. À tarde, a discussão será em torno do “modelo de desenvolvimento para os territórios do interior”.
O programa completo está disponível nos detalhes do evento.
Informações para inscrição e transportes estão disponíveis aqui.
Publicamos aqui o texto integral da convocatória deste encontro:
BLOCO DE ESQUERDA | ENCONTRO DO INTERIOR
TONDELA | 16 DE DEZEMBRO
No dia 16 de dezembro realiza-se, em Tondela, um encontro sobre políticas públicas para o desenvolvimento das regiões do interior. As populações e os territórios do interior sofreram este ano o impacte brutal dos incêndios rurais. Destruíram vidas humanas, mais de meio milhão de hectares de floresta, biodiversidade, infraestruturas e atividades económicas. Estas populações ficaram mais pobres e com acrescidas dificuldades para enfrentar o despovoamento e a perda de empregos.
O abandono a que estas populações têm estado sujeitas, com a perda de serviços e de investimento público, tem de ser revertido com urgência. O Estado deve assumir a obrigatoriedade de assegurar os serviços públicos com a mesma qualidade e proximidade a nível nacional, a execução de políticas que mudem a floresta, através do ordenamento do território e do apoio à gestão agregada, e protejam os ecossistemas naturais.
A falência do modelo imposto às regiões do interior está evidenciada nas suas consequências. Nos últimos 50 anos as regiões do interior perderam 20% dos seus habitantes, apesar da população do país ter crescido cerca de 30%.
Reconstruir o interior desconstruindo a interioridade exige um novo modelo de desenvolvimento e de democracia territorial. É preciso combater o centralismo e o desinvestimento, desbloqueando a possibilidade de decidirmos sobre os nossos próprios territórios sob pena de assistirmos, ano após ano, ao agravamento de todas as assimetrias, desequilíbrios e disparidades.
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