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Associação Animal entrega 20.000 assinaturas contra animais nos circos
A Animal entregou a petição “Por um circo livre de animais em Portugal” (disponível aqui) nesta sexta-feira, na Assembleia da República (AR).
No texto refere-se que há “cada vez mais os países, regiões e até municípios que estão a impedir legalmente que os circos tenham animais”, e que isto acontece porque cresce a “contestação social a este respeito” e “porque cada vez se sabe mais acerca das características naturais dos animais e do quão antinatural e perverso é mantê-los em exibições circenses e similares”. O documento aponta a legislação de 2009 trouxe resultados “muito parcos” para os animais e defende “uma solução que termine com a utilização de animais por parte dos circos e que seja também proveitosa para a indústria circense”.
A petição foi assinada por várias figuras públicas que participaram na campanha da Animal, nomeadamente as atrizes Jessica Athayde e Sara Prata, o músico Rui Reininho e a cantora Lena d'Água.
Em declarações à agência Lusa, Rita Silva, presidente da Animal, afirmou: “Submetemos as assinaturas 'online' e temos mais em papel, mas sabendo que há um grupo de trabalho, não quisemos deixar passar mais tempo”.
- Projeto de Lei do Bloco de Esquerda: Proíbe a utilização de animais selvagens em circos e estabelece medidas de apoio às artes circences
Na AR, o tema foi debatido em dezembro em plenário e, nesta semana, foi criado um grupo de trabalho para analisar diferentes projetos de vários partidos e promover audições a várias entidades.
O Bloco justifica a proibição da utilização de animais selvagens em circos com "a preocupação crescente com o bem-estar animal", com as "condições de acondicionamento e transporte destes animais amplamente precárias, em virtude das características itinerantes" dos circos, com o "perigo à saúde e segurança pública" e com os "sinais contrários em termos de educação ambiental e conservação da natureza".
No documento, o Bloco defende também “uma nova política cultural em torno do circo”, com a implementação de políticas públicas “que defendam a integração social, a viabilidade económica e a qualidade artística desta actividade” e a valorização do circo através do apoio público.
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