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Assassinatos de ativistas ambientais aumentaram em 2016
Os dados revelados no relatório da Global Witness apontam 200 assassinatos ocorridos no ano passado em 24 países. A ONG diz que esta é apenas a parte conhecida da repressão que os promotores de projetos ligados à exploração mineira, petrolífera, madeireira ou agrícola lançam contra os ativistas e as comunidades que resistem em defesa da sua terra.
O Brasil surge no topo da lista dos países mais perigosos para os ambientalistas em números absolutos, com 49 mortes registadas neste relatório referente ao ano passado. Segue-se a Colômbia (37), Filipinas (28), India (16), Honduras (14), Nicarágua (11) e República Democrática do Congo (10).
2016 foi o ano mais mortífero desde que existem registos e o número de países onde ocorreram assassinatos também aumentou bastante desde o ano anterior. Cerca de 40% das vítimas mortais pertencem a comunidades indígenas.
“A retórica sobre desenvolvimento sustentável continuará vazia de sentido enquanto aqueles que defendem a terra e o ambiente continuarem a arriscar as suas vidas ao fazê-lo”, acusa o relatório da Global Witness, que descreve a situação, país por país.
Entre as recomendações da ONG para assegurar a defesa dos ativistas ambientais está o combate à corrupção e à impunidade e a garantia do direito ao consentimento informado por parte das comunidades afetadas acerca do uso da sua terra e recursos naturais.
A proteção aos defensores do ambiente e a responsabilização na justiça dos que atacam ambientalistas são outras exigências da Global Witness aos estados e às empresas e investidores nos projetos em causa.
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