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Angola: Cidadãos mobilizam-se para impedir fraudes nas eleições

O Movimento Revolucionário Angolano organiza uma “Campanha de Controlo do Voto” nas eleições de 23 de agosto. O Ministério do Interior proibiu qualquer tipo de manifestações e reuniões até ao ato eleitoral.
Mesa de Voto para as eleições gerais de Angola. Foto de Manuel de Almeida, Agência Lusa.
Mesa de Voto para as eleições gerais de Angola. Foto de Manuel de Almeida, Agência Lusa.

O Movimento Revolucionário de Angola (MRA), do qual fazem parte ativistas detidos no processo 17+2, emitiu um comunicado a anunciar que será mantida a “Campanha de Controlo de Voto” nas eleições do dia 23 de agosto.

Esta campanha “será materializada através da concentração dos cidadãos junto das assembleias de voto, a uma distância segura que permitirá vigiar todos os movimentos no terreno, tendo em atenção inviabilizar todas e quaisquer tentativas de fraude eleitoral na forma de desvio de urnas, destruição de boletins de voto adversos ao partido que sustenta o regime e a sonegação de informações da parte dos delegados de lista do MPLA”, diz o comunicado.

O MRA acusa o Ministério do Interior de estar a exercer “uma ameaça velada aos cidadãos promotores do evento e aos eleitores em geral” e de fazer uma “interpretação pidesca” do Comunicado de Imprensa do MRA “no qual anunciámos a realização do evento”.

“Constitui objetivo fundamental do Movimento Revolucionário Angolano promover a transparência das eleições de 23 de agosto através da ação popular direta”, pode ainda ler-se no comunicado.

Veja aqui o vídeo que o ativista Manuel Chivonde Nito Alves colocou na sua conta de Facebook

 

As reuniões e manifestações estão proibidas pelo Ministério do Interior de Angola. Os Governos Provinciais têm instruções para impedir qualquer ato que possa perturbar o bom funcionamento do processo eleitoral.

Os partidos da oposição e um conjunto alargado de movimentos de cidadãos e ativistas estão, desde o início da campanha, a denunciar fraudes cometidas durante a campanha. As acusações não tiveram resposta por parte da Comissão Nacional de Eleições de Angola. Os partidos que concorrem às eleições e os ativistas temem que possam ser cometidas fraudes nas assembleias de voto.

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