Está aqui

Alterações climáticas vão duplicar número de pessoas com febre dos fenos

Novo estudo indica que alterações climáticas podem vir a provocar alergias extremas a 77 milhões de pessoas na Europa até 2050.
Mulher a espirrar, foto de Tina Franklin/Flickr.

Novo estudo da Universidade de East Anglia, em colaboração com vários institutos europeus, revela que o número de pessoas a sofrer com febre dos fenos pode duplicar em 35 anos na população europeia e que as alterações climáticas serão responsáveis por dois terços do aumento. Devido à concentração mais elevada de pólen e a um período de polinização mais prolongado, a própria alergia causará sintomas mais severos. 

A febre dos fenos é uma condição alérgica comum que se estima que já afete 40% da população europeia em algum momento das suas vidas. É causada por uma alergia ao pólen das árvores (libertado durante a primavera), da relva (no final da primavera e início do verão) ou das ervas daninhas (sobretudo no final do outono). “Este é o primeiro estudo a quantificar as consequências das alterações climáticas nas alergias ao pólen”, afirmou o principal autor do estudo, Iain Lake. 

A equipa investigou os impactos potenciais das alterações climáticas na distribuição, produtividade, produção de pólen e dispersão nas plantas do género Ambrosia, uma das plantas responsáveis pela alergia. Estas plantas são altamente invasoras e o seu pólen é um alergénio comum. Uma só planta pode produzir cerca de um milhão de grãos de pólen em cada estação.

A equipa criou mapas com contagens estimadas do pólen da planta, combinados com os dados de onde vivem as pessoas e os níveis de alergia da população. O número de pessoas afetadas pelo pólen da planta irá provavelmente mais que duplicar na Europa, de 33 para 77 milhões de pessoas afetadas até ao ano 2050.

Artigos relacionados: 

Termos relacionados Ciência, Ambiente
(...)