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Altas temperaturas poderão tornar-se regulares
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou esta sexta-feira que o ano de 2016 está a caminho de se tornar no ano mais quente desde que há registos históricos e este poderá vir a converter-se no padrão de uma nova realidade.
O ano está a ser marcado pelo registo de níveis de concentração de dióxido de carbono extremamente altos e pela quebra sucessiva de recordes de temperatura, afirmou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.
“Fomos testemunhas de um período prolongado de calor extraordinário e tudo indica que isto se converterá na nova norma”, acrescentou aquele responsável, citado pela agência espanhola EFE.
“O período excecionalmente prolongado de aquecimento global continuou em agosto, que foi o mais quente nos registos tanto na superfície da terra como nos oceanos”, disse, por seu turno, a porta-voz da OMM, Claire Nullis, baseando a sua afirmação em dados da NASA e do Centro Europeu para as Previsões Meteorológicas a Médio Prazo.
Gelo do Ártico diminui
Refira-se que de acordo com os últimos dados, também a superfície de gelo do Ártico alcançou durante o verão boreal, no passado dia 10 de setembro, a segunda mais pequena extensão de sempre, desde que começaram, há 37 anos, a ser realizados registos por satélite.
A extensão de gelo no Ártico foi de 4,14 milhões de quilómetros quadrados e os cientistas acreditam que a situação só não foi mais grave por causa do verão fresco que se registou este ano naquela região do do mundo, devido aos períodos nublados e às tempestades que assolaram a zona com alguma regularidade.
Para Claire Nullis “as condições climatéricas desaceleram a perda de gelo durante o verão, mas no essencial estamos apenas um degrau abaixo do recorde”.
Registe-se ainda que o aquecimento das águas dos oceanos esteve na origem do fenómeno de branqueamento dos corais.
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