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Alegre apela a mobilização nacional para impedir ida ao FMI

Em França, candidato presidencial critica Merkel e Sarkozy e diz que apoio de Belmiro Azevedo à recandidatura de Cavaco Silva à Presidência é natural.
Foto de Susana Jorge

O candidato presidencial Manuel Alegre defendeu em França que “devia haver uma coesão nacional e uma mobilização nacional para impedir o recurso ao Fundo Monetário Internacional”, criticando a postura de Pedro Passos Coelho que disse estar pronto para governar com o FMI. Para Alegre, esta posição “enfraqueceu essa coesão nacional”, disse à agência Lusa.

Manuel Alegre deslocou-se a Léognan, nos arredores de Bordéus, onde homenageou Aristides Sousa Mendes e discursou sobre a situação de Portugal e da Europa, lamentando “que o Presidente Sarkozy se tenha colado um pouco à senhora Merkel nesta pressão que está a ser feita sobre os países periféricos”.

O candidato falou “destas medidas que vão pesar duramente sobre Portugal, sobre os portugueses”, e defendeu que temos “condições para resolver as coisas por nós próprios”.

“Se a entrada do FMI vai ser uma coisa ultra-penosa para a Irlanda, pensemos no que será para Portugal”, apontou.

Comentando o apoio de Belmiro Azevedo à recandidatura de Cavaco Silva à Presidência da República, Manuel Alegre disse: “Cada um tem os seus apoios naturais, não é?” E prosseguiu: “Eu vou ter em breve um almoço com muitos, muitos, muitos sindicalistas e tenho o apoio da gente da esquerda. Também tenho apoio de algumas pessoas da direita. Estes apoios e algumas pessoas que estão na estrutura de campanha de Cavaco Silva mostram que ele é realmente o candidato do grande capital”, defendeu.

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