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300 despedimentos no Parque Industrial da Autoeuropa

O fim da produção do Eos levou ao encerramento da Webasto, provocando o despedimento de 100 trabalhadores. A Autoeuropa despediu 100 trabalhadores temporários e outros fornecedores despediram mais 100 pessoas.
O fim da produção do modelo Volkswagen Eos provocou o corte de 300 postos de trabalho e consequentes despedimentos no Parque Industrial da Autoeuropa em Palmela

O fim da produção do modelo Volkswagen Eos provocou o corte de 300 postos de trabalho e consequentes despedimentos.

A Webasto, que fabricava os tetos de abrir e toda a capota do Eos, encerrou no parque industrial, levando ao despedimento de 100 trabalhadores, na maioria efetivos.

Em declarações ao Jornal “I”, Daniel Bernardino da coordenadora das CT's do parque industrial disse sobre a Webasto: “Neste momento estão apenas a exercer funções os trabalhadores da administração e recursos humanos, para resolver as questões pendentes relacionadas com odespedimento coletivo. E o edifício já está à venda”.

Por sua vez, a Autoeuropa despediu 100 trabalhadores temporários, enquanto outras empresas fornecedoras da Autoeuropa (como Inapal Plásticos, Peguform, Faurecia, Benteler, Vanpro, SAS, Acciona e Schenellecke) despediram cerca de 100, na maioria trabalhadores temporários.

Daniel Bernardino salienta: “Além da perda do modelo [Eos], as empresas fornecedoras são ainda confrontadas com uma perda de fabrico de 40 carros por dia. E não estamos a contar com outras empresas pequenas, que estarão ainda numa situação mais frágil”.

Novo modelo

A partir de 24 de agosto a Autoeuropa vai produzir 460 carros por dia, em vez dos 500 que tem estado a fabricar. A Autoeuropa produz atualmente a segunda geração de MPV's Sharan e Seat Alhambra e o modelo Scirocco, lançado em 2014. “É um carro pensado no segmento mais jovem e os jovens estão no desemprego por toda a Europa, é natural que isso se reflita nas vendas”, diz António Chora, coordenador da comissão de trabalhadores (CT) da Autoeuropa, ao jornal “I”.

Sobre o novo modelo a produzir na fábrica de Palmela, o coordenador da CT afirma: “A Volkswagen tem por política não anunciar produtos mas sim investimentos. No ano passado anunciou um investimento de 677 milhões de euros e ninguém vai investir esse montante para não produzir nada”.

E esclarece: “A Volkswagen está a fazer uma plataforma única para todas as empresas. As fábricas competem entre elas e rodos os critérios contam, até a assiduidade, tudo entre para a contagem”.

António Chora sublinha: “Vamos ter pela frente quase 24 meses de alguma dificuldade, a Autoeuropa consegue manter os 3.600 empregos dos quadros, dispensando os cem trabalhadores temporários, o mesmo número quando produzíamos 130 mil unidades. Agora produzimos cerca de cem mil, menos 28 mil, mas manter tudo isto exigiu algum esforço, dinamismo e criatividade. E as empresas mais pequenas não conseguem fazer isso”.

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