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12º ano concluído. E agora?

As propinas, para além de serem injustas, constituem um obstáculo material e imaterial à democratização do ensino. Artigo de Diogo Henriques, estudante do ensino secundário.

Muitos dos jovens portugueses, quando concluem o 12º ano, deparam-se com mais uma barreira nas suas vidas. Depois de tantas barreiras, as propinas são certamente a maior condicionante, não só para os jovens, mas também para as suas famílias, afetando-as grosseiramente.

Estou convencido que estas "tragédias" que destroem sonhos e horizontes aos nosso jovens, dado as suas incapacidades financeiras, poderiam ser evitadas.

Temos de ter políticas alternativas que atribuam a todos o direito ao ensino, com garantia do direito à igualdade de oportunidades de acesso e êxito escolar, o que atualmente não acontece..

É certo que o aumento das propinas muito expressivo foi acompanhado por um reforço da dotação orçamental em Ação Social Escolar, mas numa proporção claramente insuficiente. As bolsas de estudo são incapazes de assegurar que nenhum estudante fique para trás, quer no universo de pessoas que abrangem, quer nos montantes e condições da sua atribuição.

Com toda a certeza, Propinas Zero trata-se de uma causa justa. Num país que tem o défice de qualificações que Portugal apresenta, e uma necessidade constante de reforçar as suas fileiras de conhecimento não pode sujeitar os seus estudantes e as suas famílias a um esforço financeiro tão significativo. As propinas, para além de serem injustas, constituem um obstáculo material e imaterial à democratização do ensino.

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