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1000 postais para que a China liberte o ativista Liu Xiaobo para tratamento paliativo

Liu Xiaobo, ativista e pacifista chinês e Prémio Nobel da Paz pediu às autoridades chineses que o deixem sair do pais onde está preso, para tratamento paliativo. Pequim argumenta que o ativista não pode viajar, porque está muito frágil fisicamente. 
1000 postais para que a China liberte o ativista Liu Xiaobo. Foto de Alex Hofford EPA/Lusa
1000 postais para que a China liberte o ativista Liu Xiaobo. Foto de Alex Hofford EPA/Lusa

A campanha começou com o envio de 1000 postais pedindo a libertação para tratamento paliativo fora da China de Liu Xiobao, preso politico chinês que se encontra em fase terminal de vida por doença oncológica.

Os ativistas de direitos humanos fizeram este envio de postais com o rosto de Liu Xiobao a partir de Hong Kong, de forma a garantir a chegada do pedido às autoridades de Pequim.  

Em comunicado, as autoridades chinesas argumentam que o ativista e pacifista chinês não pode viajar, pois está num estado físico que não permite deslocações. 

As autoridades tinham, contudo, permitido a visita de dois médicos oncologistas estrangeiros ao hospital-prisão onde se encontra em tratamento Lio Xiaobo. Joseph M. Herman, da Universidade do Texas e Markus Büchler, da Universidade de Heidelberg, disseram em comunicado que não há impedimento para que o que o ativista Liu Xiobao possa viajar. Terá é que ser feito em condições adequadas e “imediatamente”, para que a sua condição física não se degrade ainda mais.  

Nicholas Bequelin, director para a Ásia da Amnistia Internacional, disse que o comunicado dos médicos "expõe a mentira das autoridades e o seu argumento de que Liu está demasiado doente para ser transferido". Pediu ao presidente chinês, Xi Jinping, para deixar partir o activista “imediatamente”, de forma a poder prolongar a sua vida em condições mais adequadas.

Os ativistas das organizações não governamentais de defesa dos direitos humanos fizeram a ação dos postais, depois da resposta das autoridades chinesas, que teimam em não aceitar a recomendação dos médicos que visitaram o hospital-prisão onde se encontra.

Lio Xiaobo é um dos rostos da da luta pró-democracia que levou jovens universitários à Praça de Tiananmen em 1989. Foi condenado a 11 anos de cadeia por "subversão do poder estatal", ao defender reformas democráticas na China. Após sete anos em cativeiro foi levado para um hospital-prisão, onde começou um tratamento contra um cancro diagnosticado no fígado que degenerou e não pode ser operado.

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