Metro de Lisboa em greve parcial a 16 e 18 de março

06 de março 2015 - 15:24

Nos dias 16 e 18 de março, os trabalhadores do Metro de Lisboa estarão em greve entre as 6.30 e as 9.30 horas. Segundo a federação sindical, a greve deve-se “às péssimas condições de trabalho que estão a ser impostas aos trabalhadores, sobretudo na área operacional”.

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Foto de Paulete Matos

Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), confirmou nesta quinta-feira à agência Lusa que os trabalhadores do Metro de Lisboa vão realizar uma greve parcial nos dias 16 e 18 de março.

A federação sindical anunciou no dia 25 de fevereiro que tinha decidido adiar para 16 e 18 de março a greve parcial que estava marcada para 27 de fevereiro, anunciando que esperava “que a reunião de dia 6 de Março, com os representantes da empresa seja produtiva e evite futuros conflitos”.

Nesta quinta-feira, Anabela Carvalheira disse à Lusa que a greve se mantém "já que não há reunião" entre a empresa e os trabalhadores nesta sexta-feira, 6 de março.

Em comunicado, a Fectrans acusou a administração do Metro de não se preocupar nem com trabalhadores nem com utentes e não fazer "nenhum esforço para evitar novas lutas na empresa, que os trabalhadores não desejam", demonstrando que "faz parte do problema e não da solução".

A administração justificou a desconvocação da reunião marcada para esta sexta-feira com o facto de estar marcada greve para os dias 16 e 18 de março.

Anabela Carvalheira dissera no dia 25 de fevereiro, quando a greve de 27 foi desconvocada, que a greve a 16 e 18 de março só se realizaria se "a empresa não se reunisse com os trabalhadores num encontro marcado para dia 6 de março".

A dirigente sindical fundamenta à Lusa as razões da paralisação, para além das “péssimas condições de trabalho”:

"A falta de diálogo que tem havido, quer com a empresa quer com o Governo, para resolver os problemas concretos de trabalho da maior parte das categorias profissionais, a redução cada vez mais acentuada do número de trabalhadores, o pior serviço público que estamos a prestar à população, quer por razões economicistas quer por esta redução de trabalhadores e a defesa da empresa enquanto empresa pública".