Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), confirmou nesta quinta-feira à agência Lusa que os trabalhadores do Metro de Lisboa vão realizar uma greve parcial nos dias 16 e 18 de março.
A federação sindical anunciou no dia 25 de fevereiro que tinha decidido adiar para 16 e 18 de março a greve parcial que estava marcada para 27 de fevereiro, anunciando que esperava “que a reunião de dia 6 de Março, com os representantes da empresa seja produtiva e evite futuros conflitos”.
Nesta quinta-feira, Anabela Carvalheira disse à Lusa que a greve se mantém "já que não há reunião" entre a empresa e os trabalhadores nesta sexta-feira, 6 de março.
Em comunicado, a Fectrans acusou a administração do Metro de não se preocupar nem com trabalhadores nem com utentes e não fazer "nenhum esforço para evitar novas lutas na empresa, que os trabalhadores não desejam", demonstrando que "faz parte do problema e não da solução".
A administração justificou a desconvocação da reunião marcada para esta sexta-feira com o facto de estar marcada greve para os dias 16 e 18 de março.
Anabela Carvalheira dissera no dia 25 de fevereiro, quando a greve de 27 foi desconvocada, que a greve a 16 e 18 de março só se realizaria se "a empresa não se reunisse com os trabalhadores num encontro marcado para dia 6 de março".
A dirigente sindical fundamenta à Lusa as razões da paralisação, para além das “péssimas condições de trabalho”:
"A falta de diálogo que tem havido, quer com a empresa quer com o Governo, para resolver os problemas concretos de trabalho da maior parte das categorias profissionais, a redução cada vez mais acentuada do número de trabalhadores, o pior serviço público que estamos a prestar à população, quer por razões economicistas quer por esta redução de trabalhadores e a defesa da empresa enquanto empresa pública".