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Mais de 700 migrantes morreram em naufrágios em apenas três dias
Uma porta-voz da agência de refugiados da ONU, Carlotta Sami, afirmou que, na passada quinta-feira, cerca de 550 pessoas desapareceram no naufrágio de uma embarcação que transportava perto de 670 migrantes. As autoridades italianas resgataram mais de 100 pessoas e recuperaram 15 corpos. Segundo o testemunho de alguns sobreviventes, entre os mortos encontram-se pelo menos 40 crianças, entre as quais bebés recém-nascidos.
Na quarta-feira, a marinha militar italiana já tinha resgatado 550 sobreviventes de um naufrágio que envolveu uma embarcação na qual viajavam perto de 600 migrantes. Contabilizam-se até à data 5 mortos.
Já na sexta-feira, pelo menos 45 pessoas morreram no terceiro naufrágio em apenas três dias. Segundo avança o diário La Repubblica, entre os mortos encontram-se três bebés de poucos meses. Os 132 sobreviventes afirmaram que cerca de cem pessoas desapareceram no mar.
Na sua conta de twitter, os Médicos Sem Fronteiras elevam para 900 o número de vítimas.
"Essa semana foi um massacre", lamentou Giovanna Di Benedetto, porta-voz na Sicília da ONG Save the Children.
A ONG alemã Sea Watch defendeu que o drama ilustra o fracasso da União Europeia (UE) em garantir a segurança dos migrantes. "Não há nenhuma operação europeia com um mandato de busca e salvamento claro", lembrou, inclusive, Giorgia Linardi, desta ONG.
Face às restrições impostas na entrada a partir da Grécia, resultantes do acordo com a Turquia, a rota marítima Líbia-Itália passou a ser uma alternativa mais procurada, ainda que esta seja uma passagem extremamente perigosa para os migrantes.
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