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Investigadores desenvolvem projeto alternativo aos combustíveis fósseis

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) está a desenvolver um combustível sólido a partir do aproveitamento de desperdícios das podas de vinho e de olival, além do bagaço de uva e de dejetos animais.
Foto do site Sinal TV

Este projeto está a ser desenvolvido por investigadores portugueses e destina-se a criar uma alternativa aos combustíveis fósseis para, desta forma, proceder não só ao aproveitamento sustentável de desperdícios e subprodutos agropecuários.

"Quisemos desenvolver um biocombustível sólido, com elevado poder calorífico, com vista não apenas ao aproveitamento sustentável de desperdícios e subprodutos agropecuários, mas também [para] contribuir para a redução do consumo de energia primária através de fontes de energia renovável, em detrimento dos combustíveis fósseis", afirmou Amadeu Borges, responsável do Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas da UTAD, num comunicado divulgado pela Lusa.

Valorização económica e energética

Aquele investigador referiu que este combustível tem múltiplas vantagens destacando-se, entres estas, a "valorização económica e energética, além de um enorme potencial técnico, económico e ambiental", referiu.

Desta forma, a UTAD quer "constituir uma alternativa às fontes de energia que continuam atualmente muito dependentes dos combustíveis fósseis, motivo pelo qual as concentrações de dióxido de carbono na atmosfera continuam a aumentar", sublinhou Amadeu Borges.

Segundo o investigador, “o espetro de aproveitamento energético de biomassa é muito vasto e varia desde os biocombustíveis sólidos, para a combustão direta ou gasificação e combustíveis líquidos como óleo vegetal, bioetanol, metanol, até aos biocombustíveis gasosos como biogás ou gás de síntese".

No caso da biomassa como combustível sólido, "a combustão direta tem a maior importância prática para a geração de energia térmica e elétrica", acrescentou.

A Lusa assinala ainda que este projeto tem já um pedido provisório de patente para, a partir daquele material, fabricar briquetes e estilhas para a produção de energia térmica.

Refira-se que a UTAD assinou recentemente um protocolo com a Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis para o estudo das emissões de gases nocivos ao  meio ambiente, resultantes da utilização de biocombustíveis, quando comparadas com as dos combustíveis fósseis, com vista à melhoria dos biocombustíveis.

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