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Governo francês não quer receber mais refugiados

O primeiro ministro francês, Manuel Valls, assumiu uma posição inflexível sobre o acolhimento de novos refugiados afirmando que " a Europa já esgotou as suas possiblidades para receber mais pessoas."
Governo francês quer um controlo mais rígido das fronteiras europeias. Foto Reuters

Numa entrevista ao jornal alemão “Süddeutsche Zeitung”, Manuel Valls disse que “a Europa não pode aceitar mais refugiados na Europa, acresentando "ser necessário um controlo mais rigído das fronteiras europeias.”

Garantindo que os países europeus não estão em condições de acolher mais refugiados por já terem esgotado as suas capacidades nesse sentido, Valls argumenta que, se as fronteiras não forem controladas, “as pessoas vão dizer: basta, Europa!”. Para o primeiro-ministro francês, a solução para o atual conflito passa por medidas aplicadas no Médio Oriente e não em solo europeu.

O governante francês relembra que “não foi França quem lhes disse [aos refugiados] para virem para a Europa”, numa referência à decisão da chanceler alemã, Angela Merkel, que em setembro decidiu "abrir as portas" do país aos refugiados. No entanto, o chefe do Executivo daquele país classifica a posição de Merkel como “honrosa”.

Na entrevista, Manuel Valls afirmou ainda que já comunicou esta posição ao vice-chanceler alemão Sigmar Gabriel, a quem disse que França não tem capacidade para receber mais refugiados. E acrescenta: “Acham que Bélgica e França vão receber mais refugiados? Não, não e não. Para mim, as coisas são muito claras”.

A controvérsia sobre a chegada dos refugiados reacendeu-se com os atentados de 13 de novembro na capital francesa, com o medo de que por entre os refugiados cheguem jiadistas, uma vez que, refere Valls, “a opinião pública está consciente de que pelo menos dois dos terroristas de Paris entraram na Europa com os refugiados."

As Nações Unidas já condenaram as novas restrições à chegada de refugiados, que impediram a passagem a mil migrantes que se encontram na fronteira entre a Macedónia e a Grécia.

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