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Forte adesão à greve da Função Pública pela reposição imediata das 35h

Paralisação afetou sobretudo serviços de saúde e escolas. Protesto visou pressionar governo a repor o horário de trabalho semanal de 35 horas na administração pública o mais rapidamente possível.
Foto da CGTP.

Apesar de terem sido aprovados na generalidade, a 15 de janeiro, os projetos de lei do Bloco, PCP, PEV e PS sobre a reposição das 35h na Função Pública, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e o Sindicato dos Trabalhadores dos Estabelecimentos Fabris das Forças Armadas, todos afetos à CGTP, decidiram avançar com o protesto, na medida em que defendem que a medida deve ser aplicada o mais depressa possível.

Nos projetos dos grupos parlamentares do Bloco, PCP, PEV e PS, que mereceram os votos favoráveis da esquerda parlamentar e a oposição da direita, está unanimemente proposta a reposição das 35 horas, que foi um dos pontos acordado entre os partidos, contudo, são propostas diferentes datas de entrada em vigor. Enquanto o Bloco e o PEV propõem a entrada em vigor da reposição salarial cinco dias após a sua publicação, o PCP propõe que aconteça 30 dias após a sua publicação. Já o PS prevê o prazo de aplicação mais distendido, a 1 de julho.

"A greve faz-se porque não faz sentido que a proposta do PS remeta a reposição do horário de 35 horas para julho e ainda lhe acresça a regulamentação no prazo de 90 dias", afirmou a coordenadora da Federação dos Sindicatos da Função Pública, Ana Avoila, em declarações à agência Lusa.

A Federação de Sindicatos da Administração Pública, filiada na UGT, ainda anunciou a sua adesão à paralisação, mas acabou por suspender a greve, alegando que o Governo e o PS deram dado sinais de que pretendem repor as 35 horas o mais breve possível.

Adesão entre 70% a 80%

Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Funções Públicas, a paralisação teve durante a manhã uma adesão média entre 70% a 80%. Nas urgências hospitalares a percentagem sobe para entre 90% e 100%.

Para Ana Avoila, a "forte" adesão à greve "é a demonstração" de que os trabalhadores "não podem e não querem ser mais enganados".

"Saúde e educação são as de maior adesão, houve centenas de escolas encerradas", avançou, sublinhando que também se registaram serviços parados na Segurança Social. Na Justiça, nomeadamente na Procuradoria-Geral da República, também se registou uma "boa adesão" à greve.

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