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“Schäuble usa Portugal como bode expiatório”
Na sua intervenção no Parlamento sobre o sistema financeiro, a deputada bloquista começou por dizer que a banca é curiosa e ironicamente o setor mais debatido na Assembleia da República mas ao mesmo tempo aquele em que "a discussão e a prática não têm ido ao essencial".
“A verdade é que desde a crise que andamos a tapar o sol com a peneira e depois ficamos surpreendidos quando apanhamos queimaduras porque não havia proteção mas apenas uma peneira”, ironizou Mariana Mortágua, tendo acrescentado que "o mais paradigmático exemplo deste exercício de negação coletiva é o anterior governo do PSD/CDS”.
Relembrando as situações que têm acontecido neste setor, a dirigente bloquista disse que o BES faliu, o Novo Banco foi criado supostamente sem dinheiro dos contribuintes para ser vendido passados alguns meses mas já passaram dois anos, as perdas acumulam-se, o fundo de resolução está quase insolvente e estão lá 4 mil milhões de euros dos contribuintes.
“O Novo Banco não foi vendido e nem sequer o seu perímetro estava correto e por isso este, por decisão Banco de Portugal, teve de ser alargado”, disse a deputada que se referiu ainda ao Banif onde "foram injetados 1.100 milhões de euros, escondeu-se a situação do banco, foi dito que este era viável e que seria vendido passados alguns meses".
"O PSD dizia que não havia problemas com o Banif"
“Não havia qualquer problema com o Banif dizia na altura o PSD”, lembrou Mariana Mortágua.
A deputada bloquista referiu o que se passou depois, ou seja, quatro anos depois o Banif estava falido e foi necessário colocar três mil milhões de euros dos contribuintes.
Durante a sua intervenção Mariana Mortágua fez ainda referências ao BCP que devolveu um terços dos CoCos mas está muito longe de ser capitalizado e à Caixa Geral de Depósitos que não devolveu o dinheiro dos CoCos mas também precisa de capital e o Montepio que sofreu um downgrade de rating no passado mês de junho.
“Depois de todos estes casos, de todas as imparidades que hoje conhecemos na banca, o PSD e o CDS insistem que a banca está em melhores condições”, disse.
“É pura negação ainda mais motivada por questões políticas porque todos sabemos o que motivou as negações do passado”, sublinhou, tendo acrescentado que “tal fica a dever-se ao facto de não querer assumir que é preciso fazer alguma coisa com a banca porque isso tem custos que são também políticos e o PSD e o CDS não os quiseram assumir".
Em termos futuros, a parlamentar bloquista afirmou que é preciso saber o “que o PS pretende fazer de diferente do que fizeram PSD e CDS”.
“Recapitalizar a Caixa Geral de Depósitos é prioritário e não podemos continuar com a estratégia de por a cabeça na areia e fechar os olhos à espera que tudo passe para que não tenhamos que lidar com os problemas”, avançou.
Desta forma, a deputada bloquista insistiu na necessidade de conhecer as contas que justificam a recapitalização da Caixa e perceber a proposta relacionada com o banco público.
Mariana Mortágua referiu-se ainda o minsitro da Finanças alemão, Wolfgang Schäuble a que acusou de "difamar" e usar Portugal como " bode expiatório".
"Sempre que lhe é perguntado sobre o estado em que está o Deutsche Bank, utliza Portugal para nunca responder sobre os problemas do seu próprio banco", afirmou Mariana Mortágua, acentuando que " o parlamento português tem direito de responder ao ministro das Finanças alemão quando este difama Portugal”.
Comentários
...'quatro anos depois o
...'quatro anos depois o Banif estava falido'? ...
Mas foi governo XXI (costa+be+pcp) quem o faliu: o processo de venda que estava em curso foi torpedeado por quem não o queria vender (costa+be+pcp) mas sim integrar na CGD para disfarçar as mazelas desta última.
...'Sempre que lhe é perguntado sobre o estado em que está o Deutsche Bank, utliza Portugal para nunca responder sobre os problemas do seu próprio banco'?
O Deutsche Bank é uma multinacional que opera à escala global e não há maneira de quem quer que seja, nem o min fin alemâo, poder esconder ou disfarçar os seus supostos problemas.
Quem de facto está a utilizar paroquialmente o Deutsche Bank, e a faze-lo para disfarçar os problemas que o governo XXI (costa+be+pcp) tem causado a Portugal, é a Mortágua e o BE.
O governo XXI, e o BE nesse governo, são uma calamidade que está a causar mais sérios problemas do que os que vociferou e vocifera poder resolver.
ahahahah, então foi a
ahahahah, então foi a geringonça que faliu o banif e destroçou o deutsche bank? Foram três anos de avisos de Bruxelas a Maria Luís Albuquerque e agora do FMI a Schauble que deviam ter sido antes enviados para os partidos da esquerda, a fim de evitar o desastre anunciado. A continuar assim de cabeça perdida, a nossa direita vai continuar muito tempo na oposição sem poder cortar salários e pensões. Será que aguenta? Ai aguenta, aguenta... que remédio!
Na verdade não é difícil ver
Na verdade não é difícil ver qual a ligação entre o BE e as dificuldades do Deutsche e dos bancos da UE em geral
A histeria extremo-esquerdista e social-fascista contra as reformas estruturais e liberalização da economia entrava a retoma económica e relançamento da economia numa via de crescimento económico acelerado e sustentado. Isso tem acarretado ameaça de deflação. Esta tem sido combatida com baixíssimas taxas de juro. As baixíssimas taxas de juro destroem a rentabilidade dos bancos bem como a sua capacidade de reduzirem malparado e de se autofinanciarem ou de se financiarem nos mercados. O resultado são bancos frágeis e mal capitalizados e, portanto, sob forte ameaça de insolvência.
Sim, o BE é culpado pelas dificuldades do Deutsche Bank e dos bancos da UE em geral, incluindo os portugueses (CGD, BCP, Banif, etc).
Impudicamente, como se não contente com isso, o BE ainda se serve do Deutsche Bank para disfarçar com queixumes os problemas que o governo do BE anda a causar a Portugal.
O BE faz o mal e a caramunha.
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