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Bienal de São Paulo: Entre a literatura, a gastronomia e a banda desenhada

A 24ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo começa esta sexta-feira e, pela primeira vez, tem um espaço exclusivo dedicado à língua portuguesa. Os promotores desta iniciativa esperam a vista de 700 mil pessoas.
Foto Experimento 42

Mansur Bassit, diretor da Confederação Brasileira do Livro (CBL), afirmou que haverá um espaço de 120 metros quadrados que servirá para homenagear o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, que fechou em dezembro, após um incêndio.

“Teremos esta homenagem ao Museu da Língua Portuguesa e vamos exibir parte de uma exposição que já esteve lá”, disse aquele responsável em entrevista à agência Lusa, acrescentando que “haverá um mapa mundial digital que destacará os países que têm o português como língua oficial, e um outro painel interativo que brincará com os visitantes, mostrando os erros comuns que cometemos no uso do português".

O responsável da Bienal disse ter pensado no tema a que deu o nome "Histórias em Todos os Sentidos" para, desta forma, possibilitar experiências específicas e variadas aos visitantes abrindo assim o leque aos interessados em autores consagrados e também aos procuram gastronomia ou mesmo celebridades da internet.

Debates, música e exposições

Da programação da Bienal cabe destacar, entre outras iniciativas, debates literários, sessões de autógrafos, apresentações de música, exposições e outras atividades que implicam também a apresentações de artistas especializados na chamada literatura de cordel, que ganhou grande expressão em Portugal desde o século XVI, quando começou a ser possível imprimir histórias até então divulgadas por tradição oral - esta designação tem origem na venda dos folhetos, pendurados em cordéis - e que continua a ser uma forma literária popular, sobretudo no nordeste brasileiro.

Entre os autores que marcarão presença, cabe destacar o escritor Ignácio de Loyola Brandão, o criador da banda desenhada  da turma da Mónica, Maurício de Sousa, o historiador Leandro Karnal, o antropólogo Roberto Damatta e também o filósofo Mário Sérgio Cortella.

O certame dará igualmente espaço a nomes não tradicionais da cena literária como Jout Jout ou Kéfera Buchmann duas personalidades da internet, cujos livros publicados já estiveram na lista dos mais vendidos do Brasil nos últimos anos.

Em relação aos autores estrangeiros refira-se a irlandesa Marian Keyes, autora do livro "Melancia", já traduzido em 32 países, a escritora de best-sellers para jovens adultos Lucinda Riley, oriunda também da Irlanda, e Ava Dellaria, dos Estados Unidos da América.

A Bienal realiza-se até 4 de setembro e reúne um conjunto de 280 expositores, autores e editoras independentes.

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