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Arábia Saudita prepara invasão da Síria

Arábia Saudita envia tropas e aviões militares para base na Turquia para preparar invasão à Síria. Fontes governamentais afirmam que o país vai combater o ISIS e destituir o presidente Bashar al Assad.
Rapaz em cima de uma ruína em Palmira, Síria, 2010. Foto de Alessandra Kocman/Flickr.

A Arábia Saudita, segundo noticia o jornal britânico The Independent, está a enviar tropas e aviões militares para a base militar turca de Incirlik, perto da fronteira com a Síria, para se preparar para uma possível invasão terrestre da Síria.

Nas conversações pela paz na Síria, conduzidas em Munique na sexta-feira, foi concordado um cessar fogo temporário que irá começar dentro de uma semana. Porém, há pouca esperança para uma trégua a longo termo, numa altura em que as forças de Assad continuam a vencer contra os rebeldes, com o apoio dos ataques aéreos russos.

Caso seja implementado, o acordo de paz permitirá à ajuda humanitária alcançar centenas e milhares de Sírios encurralados em cidades cercadas. O conflito já matou pelo menos 250 mil pessoas e obrigou ao êxodo de 11 milhões de sírios.

Dias antes do início previsto do cessar fogo temporário, o ministro dos Negócios Estrangeiros turco confirmou ao jornal Yeni Şafak o envio para a Turquia de tropas e de aviões por parte da Arábia Saudita. O ministro acrescentou que a Turquia e a Arábia Saudita têm tido reuniões de coligação, nas quais têm acertado estratégias para planearem uma invasão conjunta, por terra, descreve o The Independent.

O ministro dos Negócios Estrangeiros saudita, Adel al-Jubeir, numa entrevista publicada hoje num jornal alemão, citado pelo The Independent, afirmou que a Arábia Saudita está decidida a derrubar o governo de Bashar al Assad.

Por outro lado, a Rússia afirmou que a invasão por terra da Síria por parte da Arábia Saudita pode iniciar uma nova guerra mundial. A Rússia é aliada do regime Sírio de Bashar al Assad e começou os bombardeamentos no país em setembro de 2015. Desde então, já foi condenada pela ONU por estar a bombardear áreas predominantemente civis dominadas por milícias opositoras ao governo. 

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